MODERNICES, INFIDELIDADES E MAIS O RESTO QUE CABE NUM PIPA DE VINHO

De Melgaço a Lagoa

Os vinhos desta semana têm, por uma razão ou outra, coisas para contar. Os motivos são as castas, a enologia empregue, a idade das vinhas, a localização inesperada das parcelas, o teor alcoólico (por ser alto ou baixo) ou a história do produtor; podem ser muitos os motivos para falar dos vinhos selecionados na semana. Neste caso, e começando como faço muitas vezes sem pensar, de norte para sul, temos a nova edição do Soalheiro Clássico, a marca emblemática deste produtor de Melgaço. Quando o conheci o projeto era, na verdade, um vinho de garagem, ainda que na altura (finais de 80) o conceito ainda não estivesse na moda. Era mesmo ali que se amontoavam umas quantas cubas e foi a primeira marca de Melgaço no mercado que, creio, em Lisboa apenas se encontrava no restaurante Gambrinus (!). O projeto cresceu — alargou-se à produção de chás e de produtos de fumeiro de porco bísaro — e António Luís e Maria João, filhos do fundador, desenvolveram uma relação com muitos lavradores da região e aumentaram tremendamente a produção que hoje rondará um milhão de garrafas. São atualmente 160 famílias que fornecem uvas à marca e são esses que estão (magnificamente, diga-se…) retratados no livro “Manta de Retalhos — Rostos do Alvarinho” (bilingue e com 1000 exemplares de tiragem), agora editado e, para já, disponível para consulta online em www.mantaderetalhos.pt.

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