CASA 3D NA COMPORTA VAI SER DESENHADA POR ARQUITETO PORTUGUêS

As casas impressas em 3D já são uma realidade lá fora. E, agora, prometem revolucionar o setor da construção em Portugal. Já há várias empresas a apostar na tecnologia 3D para a construção de habitações e uma delas é a Litehaus, que foi fundada em 2024. O seu projeto mais recente trata-se da casa 3D vai ser construída na Comporta e desenhada pelo arquiteto português Rui Marta Barbosa, que ganhou recentemente o concurso lançado pela empresa. Além deste novo projeto habitacional, a jovem empresa planeia construir 100 casas 3D por ano em Portugal 70% mais rápido e 20% mais baratas que as habitações tradicionais.

Foi no início de março, que a Litehaus lançou o concurso ​​“Desenha a Primeira Casa 3D-Printed em Portugal”, direcionado a estudantes e profissionais de arquitetura residentes em Portugal que quisessem agarrar o desafio de desenhar o projeto de uma casa impressa em 3D para um empreendimento na zona da Comporta, perto de Melides. E agora já se sabe quem é o vencedor deste concurso: o arquiteto português Rui Marta Barbosa, da Openbook, que vai receber um prémio de 5 mil euros, revelam em comunicado enviado às redações.

“Foi com grande entusiasmo que participei neste desafio lançado pela Litehaus e sinto-me muito honrado por ver o meu projeto selecionado como vencedor. Na proposta, procurei aliar este novo método de construção à repetição modular, fácil de ajustar às várias necessidades dos futuros utilizadores e desafios criados pelo ambiente envolvente. Procurei conjugar elementos contemporâneos com a linguagem arquitetónica tradicional de Melides, respeitando sempre o contexto urbanístico”, comenta o arquiteto Rui Marta Barbosa, citado no documento.

Mas como é que vai ser esta casa 3D em Portugal impressa pela Litehaus? Inspirada nos tons quentes das praias e ruas da Comporta e de Melides, esta casa 3D está assente numa arquitetura modular, sendo por isso “fácil variar entre um apartamento T1, T2 ou T3, com mais ou menos espaços sociais, num terreno maior ou mais pequeno”, explicam no website. Assim, a disposição e número das divisões da casa podem ser organizadas e ajustadas de acordo com a vontade das famílias e áreas do terreno. Além disso, o projeto de arquitetura conta também com uma piscina, que tem azulejos que conferem uma cor avermelhada à água.

Casa 3D na Comporta Litehaus

Construção de casas 3D vai crescer em Portugal e com preços acessíveis

O mercado da construção de casas 3D poderá crescer 88% por ano, podendo mesmo valor até 400 mil milhões de dólares em 2030. É neste contexto que a Litehaus diz querer fazer parte desta evolução, estando previsto construir 100 casas 3D em Portugal por ano.

Esta nova casa 3D desenhada pelo arquiteto português vai, então, fazer parte de uma rede habitacional a ser desenvolvida pela empresa. “Com o objetivo de construir 100 propriedades por ano em Portugal, vamos complementar a unidade residencial de 13 casas em Torres Vedras com este novo projeto em Melides. Paralelamente, temos mais 50 projetos planeados para Torres Vedras, 73 apartamentos modulares turísticos em Braga e, atualmente, estamos prestes a fechar um empreendimento de 108 acomodações para estudantes em Famalicão”, afirma Simi Launay, Chief Creative Officer da Litehaus, citado no documento.

É por isso mesmo que, nos próximos dois anos, a Litehaus planeia contratar mais dez colaboradores para criar “um futuro mais acessível e sustentável na construção e arquitetura de Portugal, desenvolvendo unidades energeticamente eficientes e com menores custos de funcionamento para os compradores”, explicam.

A construção de casas 3D apresenta várias vantagens face à construção tradicional. Desde logo, as casas são construídas de forma bem mais rápida e são também mais sustentáveis, já que a tecnologia de impressão em 3D – que no caso da Litehaus é a fornecida pela espanhola Cosmos - permite que 45 m2 de paredes sejam erguidas em menos de 24 horas, consumindo menos 70% de energia e produzindo menos 90% de desperdício. Além disso, na construção das paredes é usado um material que substitui o cimento e produz entre 40 a 50% menos de emissões de CO2. Neste sentido, “a Litehaus prevê que, dentro de cinco anos, esteja a construir a um preço 50% inferior ao da manufaturação tradicional”, referem ainda.

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